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29-08-2021 19:08:34
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo comento sobre a personagem Amélie Poulain e como ela nos inspira a uma vida mais leve, vivendo e observando o momento presente.
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Cristiane Rodrigues Garcia
Psicóloga e Psicoterapeuta
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Faculdade de Medicina da USP
CRP 06/84018
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AVISO: As informações compartilhadas no canal Cristiane Garcia possuem caráter educativo que podem auxiliar no entendimento sobre assuntos relacionados a saúde mental e equilíbrio emocional. O conteúdo dos vídeos não substituem uma avaliação e nem tratamento de um profissional da saúde.
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Esse vídeo é uma reflexão rápida, que me faz lembrar dessa personagem da Amélie Poulain, uma personagem francesa que leva uma vida simples trabalhando num café em Montmartre, um bairro em Paris, e que vê a vida de forma muito leve e doce dentro da sua simplicidade. A personagem se envolve em situações curiosas sempre tramando pra ajudar as pessoas. Amélie é observadora, curiosa muito atenta, quase como se vivesse de forma mindfulness. Mindfulness é uma expressão traduzida no Brasil como atenção plena, ou seja, foco no aqui e agora. Amélie parece estar sempre de corpo e alma no momento presente, atenta a tudo e a todos.
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01-08-2021 11:08:03
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre como lidar com nossos erros e com o medo de errar.
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Um erro é o ponto inicial de mudança. Mudamos a nossa forma de pensar sobre algo, o que também nos transforma, já que estamos o tempo todo pensando, sentindo , tomando decisões, concluindo coisas e então agindo. E quando algo não sai conforme o planejado, pensar, sentir, concluir e agir muda e isso é um processo de aprendizado.
O erro pode trazer à tona alguns sentimentos como raiva, frustração, mas muitas vezes também a culpa. O cuidado que se deve tomar aqui é, é de não se paralisar numa culpa passiva em que você fica remoendo o que aconteceu e retroalimentando esse sentimento e buscar uma responsabilidade ativa, na qual você responde pelas escolhas e atitudes, assume as consequências, mas faz algo a respeito e segue em frente.
COMO LIDAR COM O MEDO DE ERRAR
- Não queira controlar tudo, tenha em mente que todos nós convivemos com incertezas da vida.
- Saiba que algum medo de errar, algum receio eventualmente é natural. O medo se torna patológico quando te impede de viver a vida e fazer as coisas.
Quando você se sentir paralisado, em especial pelo medo de errar, faça a seguinte a pergunta e reflexão:
- O que de pior pode acontecer? Qual o pior cenário realmente possível?
- Avalie também se não tem por trás desse medo, um receio em ser criticado, julgado ou reprovado.
COMO LIDAR COM OS ERROS
- A forma mais saudável e produtiva de lidar com um erro, com uma situação que não teve o resultado que você esperava é aceitar o que aconteceu;
- Compreender o porque esse erro aconteceu, identificando assim o que pode ser feito diferente numa próxima vez;
- Avaliar se há algo que pode ser feito para remediar a situação ou minimizar os impactos;
- Perdoar a si mesmo. E se for o caso também se desculpar com o outro, conversar.
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24-07-2021 12:07:06
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo Parte II falo sobre morte e como ajudar alguém luto.
No vídeo parte I falo sobre Morte e Luto - como enfrentar:
https://www.youtube.com/watch?v=haovhTiLDng
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Tanto pra enfrentar o luto, como pra ajudar alguém a passar por esse momento, é preciso compreender que a tristeza é natural e necessária. O luto não é doença e nem sinônimo de depressão. É um processo que demanda tempo pra se digerir a perda. Esse processo não tem sequências exatas previsíveis, não tem tempo determinado, ele é único, cada um vivencia de uma forma.
- Não tenha medo que a pessoa fique triste e expresse essa tristeza chorando;
- Ofereça a sua presença e escuta;
- Compartilhe boas lembranças com a pessoa que faleceu;
- Demonstrar que você se preocupa, entre em contato;
- Ajude em questões práticas.
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18-07-2021 19:07:35
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo Parte I falo sobre morte e como enfrentar o luto.
O próximo vídeo será parte II e postarei em breve.
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O luto é extremamente importante e necessário. Como toda emoção tem sua função, a tristeza também tem. Quando ficamos muitos tristes, não temos ânimo pra fazer as coisas, precisamos de algum descanso pra digerir a perda, recuperar aos poucos a energia que essa perda provocou e se adaptar em uma nova forma de viver sem aquela pessoa.
É uma dor profunda, mas essa intensidade é passageira. A saudade fica, mas o sofrimento intenso vai se diluindo conforme você o encara, ao invés de se esquivar, e com o tempo você vai retomando a sua rotina, suas responsabilidades, seus afazeres, suas relações sociais. Com o tempo, a perda deixa de ser o foco. Deixa de ocupar seus pensamentos e sentimentos o tempo todo.
O processo do luto não tem ases demarcadas e seguindo uma ordem exata ou igual pra todos. Fases como negação, isolamento, raiva, depressão e aceitação podem existir, pode se passar por estágios como esses, ter essas vivências, mas não necessariamente todas as etapas e nessa ordem. Oscilamos. Quem vive o luto, pode ter dias melhores e dias piores. Há momentos de recaída. De lembrar algo e se emocionar, sentir a falta da pessoa em algumas situações mais do que em outras, principalmente no primeiro ano. Quem já perdeu alguém muito próximo, querido sabe os pensamentos e sentimentos que vem no primeiro aniversário, no primeiro dia das mães, dos pais, no primeiro natal e outras datas.
Ter o apoio de outras pessoas vai ajudar na adaptação. Isso engloba ter por perto familiares, amigos, alguém próximo que te dê suporte e presença com escuta ou mesmo a psicoterapia. A terapia não é uma obrigatoriedade, mas também pode ser uma ferramenta para lidar com um momento que seja extremamente difícil, por ser um espaço de fala, de acolhimento e sem julgamento ou cobranças.
Em alguns casos, dependendo do contexto, da predisposição da pessoa, o luto pode trazer à tona quadros de depressão, sintomas de ansiedade, de estresse pós traumático e para nesses casos o acompanhamento psicológico é recomendado.
Não existe um tempo certo ou específico para o luto.. Não só a morte em si vai influenciar na forma como cada um vive o luto, mas a própria personalidade de cada um, a cultura em que cada um está inserido, quais crenças cada um tem sobre morte, sobre pós morte e o contexto atual de vida da pessoa.
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07-02-2021 08:02:20
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo, Parte II falo sobre como prevenir e tratar a Síndrome de Burnout.
Para entender melhor o que é a Síndrome de Burnout, quais as causas e sintomas, assista a Parte I
* VÍDEO: Síndrome de Burnout: Parte I - causas e sintomas
https://www.youtube.com/watch?v=ITqEX6KA_AQ
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Síndrome de Burnout é o esgotamento físico e mental em resposta a um estresse laboral excessivo e crônico, um estresse relacionado ao trabalho. Estresse é uma resposta bioquímica, em que nosso organismo libera substâncias pra que possamos lidar com situações que demandam mais energia. Alguma situação que exige muito de nós.
PREVENÇÃO
A prevenção é cuidar da saúde como um todo:
- Estilo de vida saudável: Ter bons hábitos de alimentação, sono e atividade física. E praticar meditação ou exercícios de relaxamento com regularidade.
- Pequenas pausas de alguns minutos durante o dia: para recarregar as energias e voltar com mais disposição, com mais concentração e até mais produtivo. -
- Tenha um tempo diário para lazer: passear com cachorro, brincar com os filhos, assistir um episódio daquela série que você está acompanhando, escutar música.
- Cultive um passatempo.
- Planejamento e rotina: defina tempo e espaço descanso X tempo e espaço de trabalho.
- Evite procrastinar: liste um passo a passo e se concentre em dar o primeiro passo. Uma vez iniciado, você consegue seguir adiante. Se precisar peça ajuda.
- Negocie prioridades e prazos se for necessário: não assuma mais do que pode entregar em um determinado prazo.
- Características individuais: cuidado com o perfeccionismo, inflexibilidade, competitividade.
- Tenha um propósito: Compreender o sentido e importância do nosso trabalho, contribui para que nos sintamos mais realizado e motivado.
TRATAMENTO
E recomendado a psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico em alguns casos.
A psicoterapia:
- Compreender o contexto;
- Autoconhecimento: reconhecer os próprios limites e recursos pra combater o esgotamento;
- Identificar os fatores estressores;
- Desenvolvimento de habilidades socioemocionais e resiliência.
Suporte familiar e social importantes pra que a pessoa em esgotamento possa enfrentar e reverter toda a situação e se recompor e resgatar a qualidade de vida.
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31-01-2021 08:01:01
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo Parte I falo sobre em que contexto se desenvolve a Síndrome de Burnout, sintomas e causas.
*A PARTE II está em edição, logo postarei sobre prevenção e tratamento.
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Síndrome de Burnout é o esgotamento físico e mental em resposta a um estresse laboral excessivo e crônico, um estresse relacionado ao trabalho. Estresse é uma resposta bioquímica, em que nosso organismo libera substâncias pra que possamos lidar com situações que demandam mais energia. Alguma situação que exige muito de nós.
A síndrome de burnout é caracterizada por três componentes: o esgotamento de energia física e emocional; sentimentos de negativismo ou cinismo em que há distanciamento dos colegas, do trabalho em si; redução da eficácia profissional.
FATORES DE RISCO (CAUSAS)
- sobrecarga;
- trabalhar em vários turnos;
- longas jornadas sem descanso, como os plantões;
- condições inadequadas para o exercício da função;
- condições de risco
- clima organizacional negativo ou competitivo;
- falta de apoio de líderes e colegas;
- mesmo assédio moral;
- contato direto e frequente com clientes desrespeitosos ou intolerantes;
- baixo salário;
- falta de reconhecimento;
- pouca ou nenhuma oportunidade de promoção ou desenvolvimento de carreira;
- características individuais como: maior sensibilidade a alguns fatores de risco; perfeccionismo; ou ser workaholic;
- estilo de vida.
SINTOMAS
- cansaço excessivo, fadiga crônica;
- dor de cabeça, enxaqueca;
- dores musculares,
- alterações no sono e apetite;
- palpitação, sudorese, dores ou desconfortos gastrointestinais;
- dificuldade de concentração e lapsos de memória;
- mudanças no humor (irritabilidade ou humor deprimido, angústia, tensão, pessimismo);
- perda do prazer, interesse e participação nas atividades;
- isolamento dos colegas e ausência no trabalho;
- queda na produtividade.
BURNOUT X ANSIEDADE E DEPRESSÃO
Sintomas como os de ansiedade e depressão, mas por razões especificamente relacionadas as atividades laborais, ao trabalho, ao contexto ocupacional.
Transtornos Mentais são multifatoriais: pré disposição genética, histórico de vida, desequilíbrio na química cerebral, além de fatores estressores. É algo mais amplo e não específico (trabalho) como o Burnout. A OMS, define a síndrome como resultado do estresse crônico no local de trabalho, que não foi gerenciado de forma adequada.
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01-01-2021 08:01:50
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre a campanha Janeiro Branco em prol da Saúde Mental e como podemos cuidar da nossa saúde no dia a dia e em nossas atitudes.
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Por que não iniciar o ano falando de saúde mental, além das metas e planos? Por que não além de revisar meta, revisar nosso estilo e qualidade de vida, nossas relações, compreender nossos sentimentos?! Enfim, fazer um balanço do nosso bem-estar. Afinal quando estamos bem, lidamos melhor com os desafios e experiências da vida. Quem cuida da mente, cuida da vida!
Janeiro Branco é uma campanha que foi idealizada em 2014 pelo psicólogo brasileiro Leonardo Abrahão, que é um convite justamente pra falarmos sobre o tema saúde mental. Ter um mês específico e uma campanha específica ajuda a dar notoriedade à causa. Quebrar tabus sobre o tema, ter espaço na mídia pra conscientização, chamar a atenção das autoridades, incentivar políticas públicas, gerar recursos. E a campanha inclusive já ganhou visibilidade em outros países.
E por que é tão importante falar de saúde mental? Porque o quanto estamos bem ou não, vai interferir no nosso dia a dia. É importante cuidarmos da nossa saúde de um modo geral. E saúde vai além da ausência de doenças, ela também está relacionada ao nosso bem-estar. A OMS define Saúde Mental como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo reconhece suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos, pode trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para sua comunidade”.
Embora o conceito de saúde vá além da ausência de doenças, a gente não pode ignorar os crescentes casos de transtornos mentais em especial os de ansiedade e depressão, o que torna a campanha Janeiro Branco mais importante ainda com a finalidade da psicoeducação: trazer informação, seja sobre os transtornos mentais, sobre tratamento, mas do que a gente pode fazer no dia a dia para cuidar da nossa saúde mental e um incentivo a olharmos para nós mesmos, entender as nossas emoções e sentimentos.
CULTIVANDO – A SAÚDE MENTAL
- Cultivar hábitos saudáveis: boa alimentação, qualidade do sono e prática de atividade física, porque saúde física e saúde mental caminham juntas.
- Cuidar dos nossos sonhos: daquilo que a gente quer ter, conquistar, mas sobretudo, daquilo que a gente quer ser. Ter um propósito, se dedicar a algo que faça sentido. Isso pode ser via trabalho, pela realização profissional, mas pode também ser um trabalho voluntário por exemplo. Além de ajudar o próximo também faz bem pro nosso estado de espírito.
- Espiritualidade: cultivar seja por uma filosofia de vida ou religião, fé na vida, cultivar bons pensamentos. A leitura pode ajudar, a oração. Enfim, algo que alimente a alma, o emocional de uma forma positiva.
- Autoconhecimento: identificar, reconhecer nossas emoções e sentimentos, entender a conexão entre pensar, sentir e agir. Porque se conhecer melhor, compreender os próprios sentimentos e poder expressá-los de forma adequada, nos possibilita lidar melhor com tudo que experenciamos e sentimos. A psicoterapia é uma excelente ferramenta para o autoconhecimento e desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
- Cultivar as relações sociais: se manter próximo das pessoas que são especiais e positivas. Interagir com as pessoas, procurar manter uma interação saudável com as pessoas no trabalho, na escola, na faculdade, com familiares. Ser presente na vida dos amigos mais próximos, encontrar esses amigos com alguma frequência, fortalecendo uma rede de apoio e de pessoas que nos inspiram de alguma forma.
- Ter tempo para si mesmo: fazer pequenas pausas durante o dia, descansar, respeitar o momento de se desligar das obrigações e tarefas do dia a dia. A gente não precisa e nem deve esperar o esgotamento físico ou mental para então fazer intervalos. Isso pode ser feito aos poucos. Realizar algum passamento.
- Atenção positiva: ver as coisas positivas e aprender com os desafios. Que mesmo diante dos problemas a gente não se esqueça das coisas boas. E a gente sempre tem algo pra agradecer, pra exercer a gratidão.
Desejo a todos um Ano Novo de Paz, Renovação e Esperança! Um grande abraço!
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28-11-2020 15:11:46
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre a tristeza e ansiedade, muitas vezes comum em época de Natal. Falo também sobre como lidar com esses sentimentos de fim de ano.
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Você, como se sente no natal? Fica feliz, animado, esperançoso, ou reflexivo, saudoso, triste, sensível, preocupado, apreensivo, ansioso? Eu particularmente sinto uma mistura de sentimentos. O Natal, independente do seu significado religioso do nascimento de Cristo, é celebrado quase que no mundo todo. Seja pela crença religiosa, pela fé, seja pelo comércio. Dezembro é um mês que remete à nossa memória as ruas enfeitadas, shoppings, lojas, as propagandas na televisão, filmes temáticos nas plataformas, sessão da tarde, então independente da crença ou do costume, todos nós acabamos envolvidos por uma atmosfera natalina, o que nos leva a pensar em comemorações, festas, confraternização. No entanto é comum também que nessa época muitas pessoas possam ficar mais tristes, melancólicas, sensíveis ou até mesmo ansiosas em alguma medida e é sobre isso que vou falar no vídeo de hoje e como lidar com esses sentimentos.
São várias as razões pelas quais as pessoas podem se sentir mais apreensivas ou tristes com o natal.
Natal é no fim do ano, então é uma época de reflexão sobre o ano que passou, sobre as dificuldades enfrentadas, sobre os planos, as metas e expectativas que quando não atingidas traz uma sensação de frustração, de fracasso porque aquilo que foi desejado ou esperado não foi alcançado.
A tristeza pode acontecer também por um sentimento de solidão. Algumas pessoas podem não ter a família ou amigos presentes em um momento em que as pessoas costumam confraternizar. Ou também pela perda de entes queridos. Natal é uma época que nos remete à família e alguns familiares já não estão mais presentes e que portanto deixaram saudades.
Há nostalgia da época da infância, que em geral é uma época de mais encantamento, de fantasia e do natal com a família de origem. Ou lembranças de alguma experiência negativa em outro natal ou mesmo em vários outros natais, o que pode eventualmente gerar alguma ansiedade.
Outro fator que pode trazer algum desânimo, ou mesmo ansiedade e preocupação no natal, são questões que envolvem a família. Já é esperado que os familiares se reúnam e nem todo mundo se sente confortável ou animado com essas confraternizações. Até por algumas razões que eu comentei antes. Nem sempre a pessoa está feliz nessa data, mas se sente obrigada a agir como se estivesse porque está ali num contexto de festa, de celebração. É comum também que familiares perguntem sobre a vida um dos outros, é até natural que isso aconteça, mas pode eventualmente gerar comparações ou constrangimento, porque uns tem motivos pra compartilhar e comemorar e outros as vezes não. Nem todos os familiares tem uma convivência próxima, muitos acabam se encontrando só em situações pontuais como o natal e isso pode gerar um desconforto ou até mesmo tensão, principalmente com algumas perguntas, por exemplo sobre a vida pessoal, trabalho, ou relacionamento.
COMO LIDAR COM OS SENTIMENTOS DO NATAL:
- A primeira coisa a fazer é aceitar: É normal ficar triste as vezes, seja em data específica ou não.
- Espiritualidade: seja por alguma filosofia de vida, alguma crença ou religião você pode ler algo que traga conforto ou simplesmente fazer uma oração, se isso fizer sentido pra você. Se isso te conforta de alguma forma.
- Tudo bem se nem todos os seus planos deram certo: você pode continuar se dedicando ou mesmo começar novos projetos.
- Procure pensar e listar todas as outras coisas que deram certo e que foram positivas durante o ano.
Desejo a todos um Natal de Paz! Seja de comemoração, seja de reflexão, mas que seja, acima de tudo, de renovação e esperança! Um grande abraço!
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19-11-2020 17:11:55
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre as semelhanças e diferenças do Transtornos de Humor Bipolar Transtorno de Personalidade Borderline.
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O transtorno bipolar é um transtorno do humor que se alterna entre dois extremos, o polo da depressão e o polo da mania ou hipomania (que é uma mania mais branda) Mania no transtorno bipolar significa euforia ou fúria. E entre as duas fases há um período de estabilidade. Então não se refere a personalidade. Na bipolaridade a pessoa apresenta por vezes comportamentos fora do seu padrão, do habitual, mas somente quando está passando por algum episódio de depressão ou mania. Diferente do transtorno borderline, que é um transtorno de personalidade. Personalidade se refere ao jeito de ser, aos traços e padrões de comportamento. E esse jeito de ser é contínuo. Então em ambos os transtornos a pessoa apresenta oscilações na forma de sentir, de lidar com as emoções, sentimentos e as situações da vida. No entanto, no transtorno bipolar a oscilação do humor é por períodos, as fases de cada polo e cada fase pode durar dias, semanas ou meses. Na personalidade borderline a pessoa oscila de forma repentina, rápida, podendo oscilar algumas vezes no mesmo dia.
No transtorno bipolar o humor há alteração no nível de energia física e mental e se manifesta por sintomas físicos. Alteração da energia, do sono, do apetite. Em fase de mania ou hipomania existe maior irritabilidade, impaciência, inquietação, menos necessidade de dormir, porque há maior disposição, a pessoa se envolve em várias atividades, tem muitas ideias e interesses variados, fica mais falante e pode ter impulsividade com compras, comida, sexo, jogos. E na fase de sintomas depressivos é o oposto. Falta de energia, sensação de fadiga, lentidão para pensar, dificuldade de se concentrar, perda do prazer e interesse pelas coisas em geral, humor deprimido entre outros sintomas.
No transtorno borderline, também há impulsividade, por exemplo nos gastos de forma irresponsável, abuso de substâncias, sexo sem proteção, dirigir de forma imprudente, por exemplo e oscilações do humor, dos sentimentos, mas o mais característico é a instabilidade nas relações interpessoais e na autoimagem. E por isso pode haver mudanças frequentes de opinião, de empregos, de amigos, da sexualidade, além das alterações no humor, que vão se refletir nas emoções, sentimentos e comportamentos, mas essas alterações repentinas são muito mais movidas por gatilhos externos, como situações que vão acontecendo e a maneira como a pessoa vai reagir e lidar, por exemplo, com as frustrações quando algo não sair conforme o planejado, quando a pessoa não é correspondida da forma como esperava, quando há medo acentuado da rejeição, por não se sentir aceito, apoiado ou amado o suficiente e isso é muito característico da personalidade borderline. Emoções e sentimentos vivenciados com intensidade e impulsividade.
PSICOTERAPIA:
Em ambos os transtornos o acompanhamento psicológico vai auxiliar no entendimento do próprio transtorno, como os sintomas afetam as relações familiares, sociais e profissionais, quando não tratados e aprendem habilidades socioemocionais para lidar melhor com os sintomas e características do transtorno.
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12-11-2020 18:11:37
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre o Transtorno de Personalidade Borderline, quais os sintomas e tratamento.
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Transtorno Borderline é um dos transtornos de personalidade que se caracteriza essencialmente pela instabilidade nas relações interpessoais, dos afetos e impulsividade. Personalidade é o que constitui a nossa individualidade, a nossa singularidade, desde características inatas como o temperamento, quanto características construídas ao longo do desenvolvimento, através das vivências, aprendizagens e por isso recebem influência da educação e cultura em que a pessoa está inserida. Em outras palavras são traços, características particulares de cada um e que vai influenciar a maneira da pessoa pensar, sentir e se comportar. Vai delinear a forma como cada um se relaciona e lida com as diversas situações da vida. Por exemplo, algumas pessoas são por natureza mais extrovertidas, sociáveis e outras mais introvertidas ou tímidas. São padrões estáveis, a pessoa tende a se comportar do mesmo jeito, do seu jeito de ser.
SINTOMAS:
Pessoas com a personalidade borderline apresentam um padrão de relacionamentos intensos e instáveis que se alternam entre idealização, supervalorização e a desvalorização da outra pessoa. Apresentam mudanças repentinas e dramáticas na forma de enxergar o outro e de interagir devido a uma desilusão daquilo que a pessoa acreditava ou esperava.
Medo acentuado da rejeição ou abandono seja real ou imaginado e por isso a pessoa faz esforços desesperados pra evitar abandono, separação, términos, seja pela dificuldade em ficar só pela necessidade de ter outras pessoas ao redor. Seja pela ideia da rejeição.
Autoimagem ou senso de si próprio é instável. Mudanças repentinas de opinião, mudança de planos sobre carreira profissional, sobre a identidade sexual, sobre tipos e grupos de amigos. Pode, por vezes, experimentar um sentimento de que ela mesma não existe, o que geralmente acontece em situações em que a pessoa sente falta de relações significativas, ela sente falta de cuidado ou de apoio, quando acredita que não têm alguém que se preocupe.
Impulsividade em duas ou mais áreas potencialmente autodestrutivas. Por exemplo, nos gastos de forma irresponsável, abuso de substâncias, sexo sem proteção, compulsão alimentar, dirigir de forma imprudente.
Instabilidade afetiva, reatividade do humor acentuada, a pessoa reage de forma mais intensa com irritabilidade ou ansiedade. E há uma dificuldade de controlar a raiva, muitas vezes desproporcional à situação e por isso inadequada.
Mudanças rápidas no humor.
Sentimentos crônicos de vazio, sensação de que falta algo.
Comportamentos ou ameaças de suicídio quando sentem uma ameaça de separação ou rejeição.
Em alguns casos, menos frequentes, pode haver pensamentos paranoicos temporários ou sintomas dissociativos desencadeados por estresse. Durante essas crises, a pessoa tem uma percepção e interpretação distorcida da realidade.
TRATAMENTO: PSICOTERAPIA
- Psicoeducação e o autoconhecimento, para que o paciente entenda o transtorno e se compreenda melhor; desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
- Incentivo a construir uma rede de apoio, desde familiares, amigos e profissionais da saúde para auxiliar em momentos de crises.
- Reconhecimento de possíveis crenças e pensamentos distorcidos.
- O tratamento também incentiva que a pessoa mantenha um estilo de vida saudável, cuidar da alimentação, do sono, praticar atividade física e evitar o uso de drogas.
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AVISO:
As informações compartilhadas no canal Cristiane Garcia possuem caráter educativo que podem auxiliar no entendimento sobre assuntos relacionados a saúde mental e equilíbrio emocional. O conteúdo dos vídeos não substituem uma avaliação e nem tratamento de um profissional da saúde.
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11
05-11-2020 19:11:12
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre o transtorno do Humor Bipolar, quais os sintomas e o tratamento.
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Cristiane Rodrigues Garcia
Psicóloga e Psicoterapeuta
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Faculdade de Medicina da USP
CRP 06/84018
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Transtorno do humor bipolar como o próprio nome já indica, bi (dois), polar (polos) tem como característica principal a alternância do humor em dois extremos, de um lado a depressão e de outro a mania. Mania nesse contexto se refere, a euforia ou fúria. No transtorno bipolar há uma alteração expressiva de energia física e mental, alternando de fases em que há um aumento de energia para fases em que essa energia sofre uma queda, é reduzida. E quando falamos de transtorno, estamos falando também de prejuízo na vida social, familiar, profissional em vários aspectos da vida da pessoa e com isso um sofrimento maior, se não for tratado.
Algumas pessoas com esse transtorno podem apresentar mais episódios de depressão e outras de mania. As fases podem durar dias, semanas ou meses. Para considerar o diagnóstico de transtorno bipolar, a pessoa precisa necessariamente apresentar episódio de mania ou hipomania (euforia ou irritabilidade mais branda, mais leve). São possíveis diferentes combinações. Algumas pessoas podem até não fechar todos os critérios de diagnóstico, mas já apresentam alguns sintomas. Por isso fala-se em espectro bipolar, devido a essas diferentes possibilidades da forma como esse quadro se manifesta, diferentes intensidades, duração.
Existem três categorias do transtorno bipolar:
- TIPO 1: quando há episódio de mania, portanto mais intensa, podendo ser antecedido ou seguido de episódios depressivos.
- TIPO 2: quando há hipomania, podendo ser antecedido ou seguido de episódios depressivos. O tipo dois é mais difícil de diagnosticar porque a pessoa fica impaciente, mais irritada, ou mais criativa e produtiva, mas sem maiores prejuízos.
- Ciclotimia: a pessoa apresenta por pelos menos dois anos, (criança e adolescentes 1 ano) a alternância entre alguns sintomas de hipomania e alguns sintomas de depressão. São sintomas mais leves.
FASE DA DEPRESSÃO:
Queda de energia física, sensação de fadiga, de cansaço, mesmo sem ter feito esforço físico, capacidade reduzida para pensar e se concentrar, perda de prazer e interesse nas atividades de um modo geral, além do humor deprimido entre outros sintomas como baixa autoestima, alterações no apetite e no sono.
FASE DA MANIA:
Aumento de energia física, inquietação, pouca necessidade de dormir, a pessoa pode passar dias e noites sem dormir ou dormindo poucas horas porque se sente muito disposta; irritabilidade, impaciência. Ou contando piadas, fazendo comentários que dependendo da situação pode ser inconveniente, porque a crítica é reduzida. Atenção facilmente desviada; pensamento acelerado, muitos pensamentos, muitas ideias. Dificuldade em manter o foco, a concentração; necessidade maior de falar, há um envolvimento excessivo em atividades seja acadêmicas, profissionais, sociais, sexuais de forma impulsiva e irresponsável. Autoestima inflada e delírio de grandeza em casos mais raros.
No transtorno bipolar, pode haver também pensamentos de morte ou pensamentos de suicídio, inclusive na fase de mania.
PSICOTERAPIA:
- Psicoeducação: ensinar o paciente e familiares sobre o transtorno, como se manifesta, quais dificuldades associadas à doença e qual o tratamento;
- Facilitar assim a aceitação da doença e incentivar a adesão e cooperação no tratamento;
- Auxiliar no enfrentamento de fatores estressantes;
- Reconhecer o sinais de alerta indicadores de que os sintomas estão retornando e monitorar para impedir que eles se agravem;
- Autoconhecimento;
- Reconhecer os padrões de pensamentos, identificar pensamentos distorcidos, compreender as próprias emoções e sentimentos e como tudo isso influencia o comportamento;
- Aprender e desenvolver habilidades socioemocionais e comportamentais.
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31-10-2020 17:10:04
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), quais os sintomas e o tratamento.
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Você tem alguma mania? O dicionário define mania como uma prática repetitiva ou um costume peculiar. Certamente você tem alguma mania, alguma coisa que você sempre faz, do mesmo jeito e do seu jeito. Você também já deve ter escutado a palavra TOC. É uma sigla que refere ao transtorno obsessivo compulsivo, mas ter manias e TOC não são exatamente sinônimos. Nesse vídeo você vai entender a diferença, eu vou falar sobre esse transtorno, quais os sintomas e como eles envolvem alterações nos pensamentos, emoções e comportamentos e finalizo falando sobre o tratamento.
Pessoas que sofrem com o TOC convivem de forma persistente com crenças distorcidas sobre a possibilidade de que algo terrível possa acontecer como, por exemplo, contrair uma doença, incendiar a casa, cometer alguma falha grave. Isso certamente deixa a pessoa ansiosa e ela se sente “obrigada” a se comportar de maneira a tentar impedir que desastres aconteçam e aí que ela começa a criar rituais. Mas eu já queria adiantar aqui que existe tratamento, em geral medicamentos e terapia cognitivo comportamental e essa combinação tem se mostrado muito eficaz aliviando o sofrimento dos pacientes, podendo em alguns casos eliminar por completo os sintomas.
O transtorno obsessivo compulsivo se caracteriza pela presença de obsessões e/ou compulsões. Isso quer dizer que o TOC envolve alterações do pensamento com a presença de obsessões que são pensamentos repetitivos e persistentes acerca de dúvidas e preocupações excessivas); alterações no comportamento, as compulsões, que são os rituais, repetições, lentidão para executar uma tarefa, indecisão, evitações e com isso vem as alterações emocionais, medo, desconforto, aflição, culpa, podendo inclusive desenvolver depressão.
Os pensamentos não são voluntários, pelo contrário, são intrusivos, então a pessoa se vê compelida a executar rituais ou regras, atos mentais e assim obter algum alívio imediato para sua angústia, pra sua preocupação excessiva e persistente, então, por exemplo, pensamentos de contaminação levam a pessoa a tomar banho várias vezes por dia ou um banho de horas).
Transtornos mentais envolvem: sofrimento e prejuízo.
CATEGORIAS
O TOC ele pode se manifestar em diferentes formas seja nas obsessões ou nas compulsões:
- Ato Mental: como contar ou repetir números, palavras tentando afastar o pensamento intrusivo, obter um alívio pro desconforto e na tentativa de neutralizar o pensamento intrusivo.
- Checar várias vezes a mesma coisa: por preocupação excessiva.
- Limpeza excessiva: por medo de contaminação.
- Organização perfeccionista: por simetria, por exemplo.
- Armazenamento de objetos sem valor: acumuladores têm dificuldade em se desfazer das coisas.
CAUSAS
Assim como outros transtornos mentais, o TOC não tem um causa única, ele ocorre por razões multifatoriais. O que se sabe no TOC é pré-disposição genética, alterações no cérebro e no seu funcionamento e fatores ambientais e psicológicos, aprendizagens errôneas e crenças distorcidas que foram desenvolvidas que vão interagir com essas alterações neurobiológicas.
PSICOTERAPIA: Terapia de abordagem cognitivo comportamental:
- Corrigir aprendizagens erradas por novas aprendizagens, combinando técnicas cognitivas, identificando pensamentos, sentimentos e comportamentos;
- Correção de crenças e pensamentos distorcidos testando a veracidade, questionando a si mesmo, questionando quais evidências se tem para uma determinada crença, para que a pessoa possa, aos poucos, enxergar as coisas de forma mais realista.
- Técnicas comportamentais como a exposição e prevenção de resposta, em que o indivíduo é exposto ao objeto, situação ou ideia temida, a pessoa enfrenta o seu medo (diretamente ou pela imaginação com o acompanhamento terapêutico) e é encorajado a não realizar os rituais e assim se habituando e diminuindo sua ansiedade, eliminando sintomas e resgatando a sua qualidade de vida.
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Cristiane Rodrigues Garcia
Psicóloga e Psicoterapeuta
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Faculdade de Medicina da USP
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13
17-10-2020 09:10:17
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre Fobia Específica, quais os sintomas e o tratamento.
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Fobia Específica é um dos transtornos de ansiedade. Trata-se de um medo acentuado de algum objeto ou situação específica, como por exemplo medo de andar de avião, medo de altura, medo de usar o elevador, medo de cachorro, de inseto, de agulha, de ver sangue, etc.
Cada emoção e sentimento tem sua função. E não é diferente com a ansiedade, o medo, que tem a função principal de nos proteger e é acionado quando entendemos que estamos numa situação de perigo ou de uma situação que precisa de uma cautela maior. Se uma pessoa fosse totalmente destemida de tudo, sem medo de absolutamente nada, ela nunca seria cautelosa em situações necessárias. Mas quando falamos em fobia, estamos falando de um medo irracional, desproporcional ao perigo real.
A Fobia Específica é um transtorno em que a pessoa, diante do objeto ou situação temida, manifesta sintomas e acarreta em prejuízo em diversas áreas da vida. Por exemplo, no medo de elevador ou de altura uma pessoa é contratada para trabalhar num escritório que fica no décimo quinto andar de um edifício comercial, ou seus amigos a convidam para comer uma pizza na área da varanda e a pessoa recusa os convites. Ou se você tem medo de avião e se priva de viajar seja a passeio ou mesmo a trabalho e perde oportunidades, etc.
SINTOMAS:
Diante do objeto ou situação temida, o sistema de defesa da pessoa é acionado e ela tem crise de ansiedade que pode se manifestar por batimento cardíaco acelerado, tremores, formigamento, respiração ofegante, sudorese, tontura, visão turva, náusea. E devido ao medo exagerado e os sintomas que obviamente são desconfortáveis, a pessoa passa a evitar essas situações e isso de forma persistente causa prejuízos como eu comentei nos exemplos e sofrimento.
TRATAMENTO
Psicoterapia: terapia cognitivo comportamental
- Psicoeducação, para que o paciente compreenda o que é a fobia específica e como funciona o tratamento.
- Rever suas crenças, pensamentos distorcidos e interpretações desproporcionais a respeito das situações temidas.
- Aprender estratégias para o manejo e controle da ansiedade, como exercícios de respiração e principalmente.
- Exposição situacional gradual, ou seja, à pessoa enfrenta a situação que lhe causa ansiedade, porém gradativamente, iniciando por uma etapa de menor grau de ansiedade.
A psicoterapia tem um papel central no tratamento, mas em alguns casos o uso de medicação pode ser necessário e quem poderá avaliar é o médico psiquiatra.
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Cristiane Rodrigues Garcia
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03-10-2020 12:10:30
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre o Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT), quais os sintomas e o tratamento.
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Transtorno de estresse pós traumático ou TEPT é um dos transtornos de ansiedade e como o próprio nome sugere ocorre quando a pessoa vivencia ou testemunha uma situação traumática associado a outros fatores, porque a pessoa pode vivenciar uma situação de grande estresse, como um acidente, um assalto, ou até mesmo ser submetida à alguma violência e não necessariamente desenvolver o transtorno.
O estresse pós traumático vai se desenvolver a partir de um evento que a pessoa passa por alguma situação de bastante estresse como um acidente mais grave, desastres naturais, assalto, sequestro, ou qualquer tipo de violência que ameace sua integridade física ou mental. Qualquer situação, independente de qual, mas que a pessoa interpreta como um risco à sua integridade ou que represente, de alguma maneira, um risco de morte. A forma como a pessoa vai interpretar, sentir e lidar com o pós evento é que pode caracterizar o transtorno e causar um maior sofrimento ou não. A interpretação é um fator que influencia no desenvolvimento do trauma. Pessoas diferentes podem passar por situações bem similares, mas algumas vão desenvolver o transtorno e outras não.
Nem toda situação estressante é traumática. Um trauma psicológico se refere à situações que representam um risco à integridade e mesmo em algumas situações como as que eu exemplifiquei, um assalto, por exemplo, a maioria das pessoas vai lembrar do episódio por alguns dias, mas vai aos poucos retomando a vida normalmente. Quando isso não acontece e começam a se manifestar sintomas, com sofrimento maior e prejuízo nas diversas áreas da vida, então podemos falar em transtorno de estresse pós traumático.
SINTOMAS:
- Memória persistente sobre o evento: lembranças intrusivas, angustiantes do que aconteceu, flashbacks como se estivesse revivendo aquele evento, ou pesadelos recorrentes e perturbação do sono.
- Sofrimento psicológico e reações fisiológicas: diante de sinais (situações, pessoas ou lugares) que se assemelham ou simbolizam o evento traumático. Sintomas físicos da ansiedade -batimento cardíaco acelerado, suar frio, tremores, tontura, dificuldade em respirar adequadamente e outras reações.
- Evitação dos estímulos, pessoas ou lugares que façam a pessoa lembrar do evento traumático.
- Alterações negativas da cognição: esquecer um aspecto importante do evento; crenças negativas a respeito de si mesma e do mundo.
- Alterações no humor: sentimentos de culpa, vergonha, medo, raiva.
- Alterações no comportamento: a pessoa passa a não ter interesse e nem participar de atividades, se distancia das pessoas, pode também apresentar comportamento autodestrutivo. Costuma apresentar uma resposta exagerada de sobressalto, um susto mesmo a um estímulo externo que não represente de fato um perigo, um barulho na rua, alguém passar perto falando alto, mas justamente porque a pessoa está vivenciando um trauma ela fica mais hipervigilante, muito mais cautelosa devido ao medo, muito mais sensível aos estímulos.
- Desrealização: percepção alterada da realidade, do ambiente ao redor.
- Despersonalização: percepção alterada e distorcida de si mesmo, uma sensação de afastamento de si próprio).
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: e quem poderá avaliar a necessidade do uso de medicação é o médico psiquiatra.
TRATAMENTO PSICOLÓGICO - PSICOTERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL:
- Relatar o evento traumático repetidas vezes até que a lembrança não domine mais a pessoa e não desencadeie mais os sintomas, resgatando o senso de segurança que todos nós precisamos para viver a vida normalmente.
- Enfrentamento das situações temidas e evitadas (como sair pra trabalhar, sair com amigos, ir ao banco, conviver com as pessoas, etc.)
- Técnicas de manejo da ansiedade, exercícios de respiração e relaxamento muscular.
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01-09-2020 08:09:16
Olá, sou Cristiane Garcia, psicóloga especializada em psicoterapia cognitivo comportamental. Nesse vídeo falo sobre a campanha do Setembro Amarelo. Explico os sinais de alerta para o comportamento suicida, fatores de risco, fatores de proteção e como ajudar.
Se precisar, busque ajuda!
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Centro de Valorização da Vida (CVV): www.cvv.org.br
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Em 2003, a Organização Mundial da Saúde instituiu o dia dez de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. E em 2014 iniciou-se a Campanha Setembro Amarelo no Brasil, por iniciativa do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria, com objetivo de conscientizar a população sobre os fatores de risco para o comportamento suicida e orientar para o tratamento adequado dos transtornos mentais. Desde então a campanha ganhou apoiadores e parceiros como o CVV, Centro de Valorização da Vida, o Ministério Público entre outros.
A conscientização é importante sempre, mas ter uma data ajuda a dar visibilidade à causa que é de extrema importância. Nove em cada dez mortes por suicídio poderiam ser evitadas, ou seja, estamos falando de noventa por cento. Esse dado da OMS nos indica que a prevenção é fundamental pra reverter essa situação. E a primeira medida é a educação. Não podemos evitar esse assunto como um tabu e negligenciar um problema de saúde pública diante dos dados alarmantes.
O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de quinze a vinte nove anos de idade, a cada ano aproximadamente oitocentas mil pessoas tiram a própria vida, ocorre uma morte por suicídio a cada quarenta segundos no mundo, e aproximadamente trinta por dia no Brasil.
SINAIS DE ALERTA:
- mudanças de comportamento como preocupação com a própria morte;
- falta de esperança;
- expressar ideias ou intenção suicida;
- diminuição ou ausência do autocuidado;
- desinteresse pelas atividades;
- alterações expressivas no humor;
- crescente isolamento de amigos e familiares.
FATORES DE RISCO:
- tentativas anteriores de cometer o suicídio ou histórico de suicídio na família;
- transtornos mentais;
- histórico de vida e traumas;
- fatores sociais como pobreza, desemprego e fome;
- orientação sexual em meio de intolerância;
- personalidade impulsiva.
FATORES DE PROTEÇÃO:
- bom relacionamento e apoio dos familiares;
- boas relações sociais;
- bons relacionamentos com colegas na escola, no trabalho e na comunidade;
- ser aceito pelas pessoas que são importantes;
- autoestima/ autoconfiança;
- religiosidade ou alguma fé;
- ter um sentido na vida/ propósito, objetivos e sonhos;
- estabilidade profissional e financeira;
- tratamento adequado o quanto antes para transtornos mentais;
- prevenção.
COMO AJUDAR:
- estar atento aos sinais;
- escutar e acolher sem julgar;
- demonstrar interesse em compreender e ajudar;
- indicar e incentivar a procurar por serviços de saúde mental e acompanhar até o atendimento;
- incentivar a ter um acompanhamento psicológico e psiquiátrico;
* Se você flagrar alguém no ato da tentativa de suicídio que tenha se machucado ou consumido remédios ou substâncias ligue para o SAMU ou leve a um pronto socorro para que a pessoa possa receber a assistência necessária.
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